Quem não ama doces? As docerias são verdadeiros centros de felicidade para quem ama doce. Os doces no Brasil chegaram no período colonial, com a instalação do engenhos de açúcar. Mas quando ainda não havia açúcar na Europa, os doces eram feitos a partir da doçura das frutas ou do mel. E diferente do que conhecemos hoje, as sobremesas já foram servidas antes da refeição principal, pois eram vistas como um alimento para "abrir o estômago". As primeiras sobremesas de fato brasileiras foram de frutas tropicais como manga e carambola, regadas a mel. Bananada, goiabada, cocada e merengue também surgiram nessa época. Em Portugal, os religiosos faziam muitas receitas à base de ovo (pois foram os principais produtores da Europa nessa época). Aqui no Brasil, passaram a acrescentar ingredientes daqui e foi assim que surgiram doces como o quindim, papo de anjo, ambrosia, bom-bocado, manjar e pudim. De modo geral, as receitas eram criadas de acordo com o alimento que estava em abundância em determinada região. Por exemplo, no nordeste tivemos doces com feições portuguesas e africanas: bolo de rolo (feito com farinha de trigo, ovos, manteiga, açúcar e goiabada), bolo Souza Leão (preparado com massa de mandioca (massa puba), leite de coco, açúcar, manteiga e ovos), Bolo barra branca (com massa de mandioca, manteiga, leite de coco e açúcar), Cartola (feito de bananas fritas, queijo coalho ou queijo-manteiga e cobertura de canela e açúcar), Nego bom (feito com bananas, açúcar e limões), Baba de moça (gemas de ovos, leite de coco, açúcar e água de flor de laranjeira), Doce de caju (preparado a partir da mistura de caju, açúcar e cravo-da-índia). Enquanto no Centro-Oeste, se destacaram o Doce de pequi, Melado de tacho (melado de cana com queijo polvilhado com farinha de mandioca), Bala de café. No Norte tivemos Bala de maná-cubiu com mangarataia (fruta nativa da região, o maná cubiu e também gengibre - mangarataia), Doce de buriti, Doce de tapioca (preparado a partir da mistura de fécula de mandioca com coco ralado, entre outros ingredientes como chocolate, sorvete ou mel). No Sudeste tivemos: brigadeiro, chuvisco, paçoca de amendoim, pé-de-moleque, doce de abóbora com coco. E no Sul, cuca gaúcha (leva trigo, açúcar, leite em pó, raspas de limão entre outros) e doce de pinhão (pinhão, bolacha maisena, manteiga e açúcar). A culinária de Pernambuco por exemplo, se destaca pela chamada "doçaria pernambucana", que são os doces desenvolvidos durante os períodos colonial e imperial nos seus engenhos de açúcar como o bolo de rolo, o bolo Souza Leão e a cartola.
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