Não dá pra negar que o teatro sempre esteve presente na história da humanidade se sempre foi um meio de o homem expressar sentimentos, contar histórias ou louvar os deuses. Houve um tempo em que se acreditava que o teatro era tão sagrado que por meio das apresentações era possível invocar deuses e forças da natureza. Geralmente o objetivo era trazer chuva, fertilizar uma terra ou facilitar uma caça. O teatro se consolidou na Grécia Antiga, com as homenagens ao deus do vinho, Dionísio. Em todas as safras de uva, eram realizadas festas para agradecer ao deus. Essas festas foram ficando mais elaboradas e passaram a ter canto, dança e apresentações diversas. Em uma dessas apresentações, um dos representantes inovou e começou a interpretar Dionísio, se tornando então o primeiro ator grego. No Brasil, o teatro surgiu no século XVI e tinha o principal objetivo de propagar a fé religiosa. Nessa época não haviam muitos autores, mas o padre José de Anchieta foi um grande destaque. Ele escreveu algumas peças que catequizavam os indígenas e também integrava portugueses, índios e espanhóis. Foi João Caetano que estimulou a formação dos atores brasileiros e valorizou seus trabalhos, formando em 1833 uma companhia brasileira de teatro. A influência romântica chegou ao Brasil somente em 1867, com a volta de Gonçalves de Magalhães da Europa. Ele foi um dos poetas e autores mais representativos daquela época e sua peça Leonor de Mendonça ficou altamente reconhecida, sendo até hoje representada. Futuramente surgiram outros romancistas como Machado de Assis, Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Álvares de Azevedo e Castro Alves. No século XX chegaram diversas variedades, inclusive companhias estrangeiras chegando ao país com encenações trágicas e óperas que agradavam a burguesia. Mas a modernidade só chegou mesmo aos teatros brasileiros com Oswald de Andrade na década de 1930. Logo em seguida, com a encenação de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, nasceu o teatro moderno brasileiro, tanto quando vemos pelo lado da dramaturgia, quanto vemos pela encenação. Porém, com o Golpe Militar em 64, a censura traz diversas dificuldades para diretores e atores de teatro. Muitos artistas acabaram tendo que abandonar os palcos e exilar-se em outros países. Já dizia Fernando Peixoto: "...São infindáveis as tendências do teatro contemporâneo. Há uma permanência do realismo e paralelamente uma contestação do mesmo. As tendências muitas vezes são opostas, mas frequentemente se incorporam umas às outras..."
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